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Acordo entre Acelen e Embrapa visa expansão da macaúba para produção de biocombustíveis

Redação
05/07/2024 12:00
Foto: Divulgação

Uma reunião técnica, envolvendo lideranças científicas da Acelen Renováveis e da Embrapa, deu início ao projeto de desenvolvimento tecnológico das espécies de palmeira macaúba para produção de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), diesel verde (HVO, em inglês), energia térmica e outros coprodutos de alto valor agregado. Espera-se a criação de 90 mil empregos diretos e indiretos e a geração anual de R$ 7,4 bilhões de renda para as populações envolvidas.

A parceria de inovação aberta visa contribuir para a domesticação da macaúba e a decorrente implantação de lavouras comerciais e o melhor aproveitamento dos frutos (casca, polpa, endocarpo e amêndoa) via processos mais eficazes para extração de óleos de alta qualidade e geração de bioprodutos.

O projeto, que terá a duração de cinco anos, está amparado em dois acordos de cooperação técnica firmados entre a Acelen Renováveis e a Embrapa Agroenergia, cujos investimentos somam R$ 13,7 milhões, com o apoio financeiro da Embrapii e do BNDES, e envolvem o aporte científico de outros quatro centros de pesquisa, as Embrapas Algodão, Florestas, Meio Norte e Recursos Genéticos e Biotecnologia.

O empreendimento da Acelen Renováveis está desenhado para atender o processo de transição energética, oferecendo combustíveis renováveis em larga escala, e tem claras orientações ambientais e sociais, na medida em que visa criar sistemas de produção descarbonizados em áreas de condição semiárida, criando novas opções econômicas para comunidades carentes, e o reaproveitamento de efluentes industriais.

Biorefineria – A empresa vai investir inicialmente mais de US$ 3 bilhões (16 bilhões), nos próximos anos, no primeiro projeto modelo no Brasil, com objetivo de atingir a capacidade anual de 1 bilhão de litros de SAF (combustível sustentável de aviação) e HVO (diesel verde), criando um modelo inovador, competitivo e totalmente integrado, “desde a germinação da semente até a distribuição dos combustíveis, nos tornando um vetor de desenvolvimento sustentável”. A biorrefinaria será construída ao lado da Refinaria de Mataripe, em São Francisco do Conde, na região metropolitana de Salvador.

Macaúba – Foto Leandro Lobo Embrapa