A Bahia se destaca como a maior produtora e exportadora de manga do Brasil, com um volume de 664 mil toneladas em uma área de 32.434 hectares, gerando um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 989,3 milhões. Já as exportações chegaram a 126 mil toneladas, em 2023, com uma soma em negócios da ordem de R$ 860 milhões.
As cidades que mais produzem a fruta na Bahia são Juazeiro, Casa Nova, Sento Sé e Curaçá, todas localizadas no norte do Estado. Os principais destinos da manga baiana são os mercados dos Países Baixos (39%), Estados Unidos (30%), Espanha (13%), Reino Unido (5%), Portugal (3%), Coreia do Sul (3%), Chile (2%), França (2%), Argentina (1%) e Itália (1%).
Segundo o agrônomo e assessor técnico da Seagri, Silney Sobreira, a manga encontrou na Bahia cenários edafoclimáticos ideais para ser cultivada. No caso do Vale do São Francisco, as condições são altamente favoráveis para o cultivo da manga. A região se caracteriza por apresentar um clima semiárido tropical, com reduzida umidade, baixas precipitações pluviométricas e elevado fotoperíodo. As temperaturas são altas, com médias mensais variando de 24,2°C a 28,1°C, e a pluviosidade é baixa.
A fruta é conhecida por seu número significativo de variedades. Na Bahia, as mais cultivadas são a Tommy, Kent, Keith, Haden, Palmer e Manga Rosa, também conhecida como Rosa da Bahia ou Rosa de Pernambuco. Uma das variedades mais apreciadas é a espada, geralmente consumida sem precisar retirar a casca.
A cultura gera milhares de empregos na Bahia, devido à baixa mecanização e aos cuidados necessários de manejo e para a colheita da fruta. Além disso, a alta confiabilidade fitossanitária da manga baiana garante a exportação para mercados exigentes mundo afora.