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Petrobras deve retomar operação de refinaria baiana no 2º semestre

Redação
06/03/2024 12:00
Refinaria de Mataripe – Foto: Divulgação Acelen

A Refinaria de Mataripe, em São Francisco do Conde, deve voltar a ser operada pela Petrobras a partir do segundo semestre de 2024. Nesta última semana, o presidente da empresa, Jean Paul Prates, teve reunião em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, com Waleed Al Mokarrab Al Muhairi, presidente do conselho de administração do Mubadala Capital, fundo que controla a Acelen, empresa formada para gerir a refinaria. Ele confirmou as negociações.

A contrapartida para um retorno da Petrobras à refinaria deverá ser uma composição para auxiliar os investimentos do fundo árabe no setor de bicombustíveis. A Mubadala Capital, através da Acelen, pretende investir até R$ 12 bilhões para a implantação de uma biorrefinaria na Bahia, estabelecendo uma parceria com a Petrobras no negócio, que resultará na produção de diesel verde e combustível de aviação sustentável.

“Acertamos que nossas equipes intensificarão os trabalhos logo após a volta dos feriados de Carnaval com vistas a finalizar a nova configuração societária e operacional ainda neste primeiro semestre de 2024. Demais detalhes e andamentos atuais serão mantidos sob confidencialidade até a finalização do processo”, escreveu Prates no X.

A refinaria de Mataripe, que é a segunda maior do País, foi privatizada no fim de 2021, vendida por US$ 1,55 bilhão, valor considerado abaixo da expectativa do mercado. Ela tem capacidade de processar 333 mil barris por dia. Seus ativos incluem quatro  terminais de armazenamento e oleodutos, com 669 km de extensão.

O Sindipetro-Ba informou que recebeu com entusiasmo a notícia. O sindicato solicitará uma reunião com o Diretor de Abastecimento da Petrobras, William França, responsável pelas refinarias e com a direção da Acelen para compreender, acompanhar e considerar a recompra da refinaria para a Petrobras e principalmente em relação a situação dos atuais trabalhadores contratados pela Acelen; trabalhadores Petrobras que foram transferidos da RLAM para outros estados/unidades durante a privatização e também em relação aos demais trabalhadores das empresas prestadoras de serviço.

Jean Paul Prates e Waleed Al Mokarrab Al Muhairi – Foto: Divulgação