O acordo de parceria firmado pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Defesa e do Comando da Aeronáutica, com o Estado da Bahia e o Senai Cimatec possibilitará a criação do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia, na Base Aérea de Salvador. A expectativa é que sejam aplicados R$ 650 milhões na construção do parque e mais R$ 650 milhões em equipamentos e laboratórios, resultando em um investimento de cerca de R$ 1,3 bilhão.
As ilhas de atuação do parque serão divididas em quatro vertentes: Espaço, Defesa, Mobilidade Aérea Avançada e Aeronáutica Comercial. Alguns exemplos de temas que serão estudados dentro desses pilares são: sistemas avançados de voo e de controle de tráfego aéreo; sistemas de engenharia aeroespacial, novas tecnologias de energia e propulsão (SAF) e cibersegurança aeroespacial.
André Oliveira, superintendente de novos negócios do Senai-Cimatec, destaca a importância de ingresso do Brasil no mercado aeroespacial. “Esse é um mercado global que hoje está em US$ 807,7 bilhões, com expectativa de chegar a US$ 1,4 trilhão até 2032. É uma grande oportunidade de desenvolvimento socioeconômico para o Brasil”, afirmou.
O novo Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia será instalado na Base Aérea de Salvador — em área de 800 mil metros quadrados cedida pela União ao Senai Cimatec, instituição responsável pela gestão da unidade. O local vai contar com diversos prédios de engenharia, além de pista para pouso e decolagem de aviões e será um ambiente dedicado ao fomento do ensino, à realização de pesquisas avançadas e à promoção da inovação no campo aeroespacial. De acordo com o superintendente de Novos Negócios do Senai Cimatec, André Oliveira, é esperado que, no primeiro semestre de 2025, já seja possível ter operações no Parque Tecnológico. “O principal ativo que é a pista, o pátio de aeronaves, já está lá e em funcionamento”, explicou.
O secretário da Casa Civil da Bahia, Afonso Florence, ressaltou o ambiente de estabilidade política e econômica proporcionado pelo governo do presidente Lula como um importante fator para a implantação de uma nova política industrial no estado. “Estivemos acompanhando as providências para atração de empresas e implantação do Parque Tecnológico. Para nós, é uma iniciativa relevante que se soma a outras que estão em curso, como as do setor de energias renováveis. Em nome do governador Jerônimo (Rodrigues), reitero nossa sintonia de política industrial do governo da Bahia com a Federação das Indústrias e Cimatec”, afirmou.
COMISSÃO DE ESTUDO – Após a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica, no final de outubro passado, foi estabelecida uma comissão de estudo, composta por representantes do Ministério da Defesa, do Comando da Aeronáutica, do Governo da Bahia e do Senai Cimatec. Em 60 dias o grupo se dedicou à avaliação de viabilidade da implementação do novo centro. O relatório do trabalho, assinado em dezembro, concluiu que não há impedimento jurídico ou normativo à instalação do Parque em Salvador.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, no dia 18 de janeiro, da assinatura do acordo, em Salvador. Na solenidade, estiveram presentes o governador Jerônimo Rodrigues; os ministros Rui Costa, da Casa Civil; José Mucio, da Defesa; e Luciana Santos, da Ciência, Tecnologia e Inovação; parlamentares, e o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Carlos Henrique Passos, e o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o baiano Ricardo Alban.
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