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Estado busca desenvolver hub da cadeia de Hidrogênio Verde (H2V)

Redação
11/06/2024 12:00
O Workshop ‘Bahia, Estado Sede do Refino Verde aconteceu na Fieb – _Foto Matheus Landim/GOVBA

Construir uma política de fortalecimento para o desenvolvimento de um hub da cadeia de Hidrogênio Verde (H2V) e seus derivados na Bahia. Foi com esta finalidade que o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), realizou, nesta última segunda-feira (10), na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), em Salvador, o workshop “Bahia, estado sede do Refino Verde no mundo”.

O objetivo do encontro foi atrair instituições e empresas que possam aderir à ideia de fomento à criação e implementação de um empreendimento, com a participação de grandes companhias do setor. O projeto será instalado no Polo de Camaçari, onde se produzirá hidrogênio verde e seus derivados.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ângelo Almeida, explicou como a parceria do Governo com instituições, a exemplo da Petrobras, pode fortalecer o setor. “A Petrobras pode vir para a Bahia, pode confiar como confiamos há mais de 70 anos. Vamos acreditar mais uma vez no potencial que a Bahia tem, porque nós temos tudo para sermos, sim, a geração de energia limpa”, disse. Almeida destacou ainda que a proposta é também trabalhar com o complexo ambiental e com a necessidade que a humanidade tem de avançar na geração de energia limpa e na economia verde.

O diretor técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (INEEP), Mahatma Ramos, enfatizou a relevância de desenvolver uma política de fortalecimento da cadeia de hidrogênio verde e seus derivados. “O hidrogênio, com certeza, é um insumo energético do futuro, mas que precisa de planejamento energético, de novas regulamentações e de investimentos que fomentem a indústria verde, a indústria do hidrogênio verde, para que a gente avance no processo de transição energética justa no Brasil”.

O presidente da Fieb, Carlos Henrique Passos, lembra que aliado ao avanço do tema, também tem a preparação das empresas para a produção de hidrogênio. “Esse evento serve para que a Bahia não seja apenas uma manufatura de uma energia para outra energia, e sim para ser, de fato, um ator importante na construção industrial desse insumo, mas também para a industrialização do hidrogênio enquanto insumo e não como energia”.

Para o professor, pesquisador e representante do INEEP, José Sérgio Gabrielli, a Bahia está em posição de destaque no debate para produção do hidrogênio verde, pois possui todas as condições favoráveis neste quesito. “Nós temos hoje um dos melhores lugares para a produção de energia eólica e solar, na margem direita do São Francisco, no interior da Bahia, no semiárido baiano. Nós temos a Cetrel, aqui no Polo Petroquímico, que faz o processamento dos efluentes líquidos do polo e joga esses efluentes no mar. A gente poderia usar essa água para produzir o hidrogênio verde”.