O Sebrae e o Hub Salvador realizaram nesta última terça (18) e quarta-feira (19) a 4ª edição do “Inovação Corporativa”. O evento combina troca de experiência, teoria, prática, desafios e soluções, incentivando as corporações a aprofundarem o debate sobre o tema e contou com a presença de painelistas reconhecidos pelas experiências em suas áreas de atuação.
O evento teve na abertura a palestra do publicitário Gui Bamberg e do diretor da Livelo, Jota Erre. Gui Bamberg deu início a palestra pontuando a importância de pensar no ser humano como o centro da inovação corporativa. “Todas as vezes que nos referimos à inovação, nos últimos tempos, nós falamos em sistemas e métodos. Eu realço mesmo a questão do ser humano no centro das coisas, do ser humano no centro da inovação coorporativa”, ressaltou.
O publicitário explicou que o uso da inovação em sua vida, desde a primeira empresa até os dias atuais, se deu por meio de três pilares: Intuição, compromisso e realização. “Usei a ignorância como método porque não tinha formação técnica para inovar”.
Segundo Gui, com a intuição, foi possível notar a possibilidade de fazer algo novo. Já o compromisso se faz com a motivação. “Não se consegue inovar se não engajar de fato as pessoas, porque elas não são peças de um processo, mas precisam estar presentes quando houver um caminho de inovação”. Já a realização é a parte importante do processo. “Uma grande ideia não vale nada se ela não acontecer na prática”, explicou.
Gui ainda coloca que a inovação poderia ser uma prática constante e não apenas uma necessidade. Segundo o publicitário, 61% das empresas que, nos momentos de crise usaram inovação, não só superaram as crises, mas cresceram.
Jota Erre iniciou sua fala explicando que falar de inovação não significa falar em genialidade. “Mas, muitas pessoas transformaram o mundo com um olhar diferente. Por isso, precisamos instigar um olhar diferente, olhar fora e dentro da caixa, sempre atentos”, aconselhou. Para Jota, inovação é criar algo novo, introduzir, renovar é também recriar. Numa frase que ele encontrou nas redes sociais, sem autoria, ele define inovação como: “pega o que já tem, melhora e entrega valor”. O diretor coloca que a entrega de valor é algo a se destacar. “Se existe inovação, há entrega de valor. Há uma evolução do que já existe para ficar melhor, se não tem entrega de valor, não tem inovação”, pontuou.
O engajamento também é um dos elementos importantes no processo de inovação, com destaque para as palavras comprometer e empenhar. “Não há engajamento sem empenho das partes. O empenho é o esforço permanente”. E para mergulhar no processo de engajamento e inovação, o diretor citou passos fundamentais, como entregar o que prometeu, pois não se compra apenas benefícios do produto, mas seu conteúdo, presença em diferentes canais, construção de conexão emocional.
Fundador do startup Trivío, Júlio César Araújo, encontrou nas palestras incentivo para seguir com o negócio voltado para o turismo com inovação. “As duas palestras foram muito interessantes. Me fez pensar em meu negócio. Muitas empresas estão no mercado com um nicho generalista, mas quando você nicha a empresa, faz uma inovação, as pessoas tendem a gostar mais. Então, foi importante saber disso e saber que estou no caminho certo”, afirmou.