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Empresas baianas venderam apenas 16% do consumido no estado pelo comércio eletrônico

Redação
09/09/2024 12:00

Os consumidores baianos compraram o equivalente a R$ 9,2 bilhões por meio do comércio eletrônico em um ano. Mas, de todo este volume, apenas 16%, ou R$1,5 bilhão, correspondem às compras realizadas em empresas do estado. Já as vendas da Bahia para outros estados totalizaram R$ 600 milhões. Isto mostra que há muito o que avançar em relação ao e-commerce entre as pessoas jurídicas baianas.

Os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – MDIC, apontam uma alta de 1,9% nas compras eletrônicas na Bahia em 2023, em relação ao ano anterior. Do total consumido, R$ 7,7 bilhões foram em compras realizadas de empresas fora do estado, o que é conhecido como transações interestaduais. Desse montante, 51,5% vêm do estado de São Paulo, que é o principal centro logístico do país e abriga grandes empresas varejistas.

Segundo análise da Fecomércio-Ba, valor de R$ 9,2 bilhões corresponde a 4,6% do faturamento de todo varejo físico na Bahia no ano passado. O mercado consumidor da Bahia representa 4,5% do total movimentado em todo o país e lidera o Nordeste com uma participação de 30% entre os estados da região, à frente de Pernambuco (18%) e Ceará (14,5%).

O consultor econômico da Fecomércio BA, Guilherme Dietze destaca que o e-commerce se consolidou como uma tendência, especialmente após a pandemia de coronavírus. “Antes mesmo de 2020, as compras online dos consumidores baianos já apresentavam um crescimento expressivo, com aumentos de 14,1% em 2018 e 24,2% em 2019. No entanto, foi no ano seguinte que houve um salto notável, com um crescimento de quase 92,2%, elevando o volume de compras de R$ 3 bilhões para cerca de R$ 6 bilhões. Em 2021, o avanço foi significativo novamente, com uma alta de 31,9%, superando os R$ 7 bilhões. Nos anos recentes, o volume de compras tem se mantido em torno de R$ 9 bilhões”, esclarece Dietze.

Em relação aos principais produtos comprados por consumidores, seja dentro do estado ou interestadual, lideram os smartphones com R$ 496 milhões no ano passado, bem à frente de refrigeradores e freezers, com R$ 313 milhões. Seguem na lista produtos de eletrodomésticos e eletrônicos, tradicionais nesse mundo de e-commerce, como os aparelhos receptores de televisão (R$ 294,1 milhões) e máquinas digitais para processamento de dados, com peso inferior a 10 kg (R$ 215,7 milhões).