Cerca de 1,7 milhão de pessoas devem curtir o São João nas maiores festas da Bahia. Os turistas em busca dos festejos juninos devem injetar na economia baiana cerca de R$2 bilhões, refletindo na geração de emprego e renda, sobretudo no interior do estado. Os dados são da Secretaria estadual de Turismo (Setur).
Entre as centenas de cidades do interior que festejam o São João, pelo menos três delas realizam festas famosas e que atraem muitos turistas. Amargosa, Senhor do Bonfim e Cruz das Almas estão entre os principais receptores de visitantes, sejam do próprio estado ou de fora da Bahia.
Segundo o prefeito de Amargosa, Júlio Pinheiro, a realização do São João é um esforço que a prefeitura faz para preservar tradições e movimentar a economia do município. No ano passado, a Prefeitura estima que cerca de 200 mil pessoas passaram pela Praça do Bosque nos quatro dias de festa, proporcionando R$ 30 milhões em volume de negócios. A festa gerou mil empregos diretos e indiretos. “De acordo com dados do Banco Central, depois do São João há um incremento na poupança e 75% das dívidas bancárias da população de Amargosa são quitadas”, disse o prefeito.
Senhor do Bonfim, conhecida como a Capital Baiana do Forró, realiza, este ano, seis dias de festa. Somente com as atrações, está investindo cerca de R$ 4 milhões. A estrutura da festa gratuita na cidade inclui dois circuitos, onde se apresentam grandes artistas e manifestações culturais. A cidade espera um movimento de negócios da ordem de R$ 50 milhões, incluindo hotelaria, locação de casas, transporte e consumo de bebidas e comidas. Cerca de dois mil empregos diretos e indiretos são criados durante a festa centenária.
O prefeito de Cruz das Almas, Ednaldo Ribeiro, também destacou a importância dos festejos juninos para a economia local, especialmente para os trabalhadores, que podem aumentar a renda familiar. Segundo ele, o evento aquece o comércio local e proporciona uma injeção de ânimo para muitas famílias.