O setor de supermercados vem enfrentando dificuldades para preencher as vagas de emprego oferecidas pelas empresas. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), existem cerca de 350 mil postos de trabalho abertos em todo o país, mas a escassez de mão de obra qualificada impossibilita o preenchimento de muitas vagas. A situação não é diferente na Bahia, onde as redes varejistas seguem em expansão, abrindo novas lojas.
O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, informou que houve uma mudança no mercado de trabalho, já que muitos jovens preferem, hoje, trabalhos mais informais, em função das jornadas flexíveis. Por isso, o setor já começa a diversificar do perfil dos colaboradores, com foco até em pessoas acima dos 60 anos. “No passado, o trabalhador procurava emprego. Hoje, as empresas que procuram o trabalhador”, disse.
Na Bahia, os serviços de intermediação de mão-de-obra ofertam praticamente todos os dias vagas para o varejo alimentar. Além de reposição de funcionários, grandes redes não param de abrir novas unidades.
A rede Atakarejo, por exemplo, já anunciou a abertura de mais 15 lojas este ano, e precisará contratar cerca de 4,5 mil trabalhadores. A primeira destas novas unidades foi aberta no mês passado, no bairro de Patamares, em Salvador, e abriu 300 postos de trabalho. A próxima loja será em Camaçari, e, atualmente, existem 14 vagas abertas. Os interessados devem se inscrever no site da empresa até amanhã (31), para os cargos de auxiliar de perecível (5 vagas), operador de loja PCD (5 vagas), repositor (3 vagas) e encarregado de operações (1 vaga).
A rede Assaí Atacadista abriu, este mês, 275 vagas de emprego, para Salvador e interior, em diversas áreas operacionais, com postos voltados para pessoas com deficiência. Entre as oportunidades oferecidas estão vagas para os cargos de açougueiro, atendente de loja, operador de caixa, padeiro, entre outras. E os interessados devem se inscrever no site https://assai.gupy.io/.
Diante das dificuldades de preenchimento de vagas, a Abras informou que o setor vem buscando alternativas para recrutar e qualificar novos profissionais, envolvendo até o Exército Brasileiro, com o intuito de contratar jovens que concluíram o serviço militar. Em outra vertente, a entidade tem defendido a implementação do contrato de trabalho por hora, como solução para a dificuldade de admissão, sobretudo de jovens funcionários.
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