A empresa Homerun Brasil, subsidiária da canadense Homerun Resources Inc, promete colocar a Bahia no mapa global da indústria de energia solar, com impacto direto na cadeia produtiva da energia limpa. Serão três unidades industriais na Bahia, incluindo a primeira fábrica de vidro solar fora da China. O investimento será da ordem de R$ 1,8 bilhão. O projeto foi apresentado durante evento realizado na sede da sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), em Salvador.
A Homerun vai explorar areia industrial em quatro áreas de titularidade da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), localizadas em Santa Maria Eterna, no município de Belmonte. Em Ilhéus, uma planta de beneficiamento transformará a sílica in natura em sílica de alta pureza. Já no Porto de Aratu, a empresa vai concentrar esforços na fabricação de células solares, um produto que tem o potencial de duplicar a capacidade de energia das placas fotovoltaicas. A implementação de unidades fabris deve resultar na geração de 1.700 empregos na Bahia.
“Nossa missão é uma responsabilidade econômica, ambiental e social com o estado da Bahia e nós gradecemos à CBPM por liderar esse projeto conosco. Seguiremos trabalhando para beneficiar o povo baiano e, com certeza, vamos atrair novos investimentos e oportunidades para o estado”, afirmou o CEO da Homerun, Brian Leeners.
“Este projeto é o resultado de muito trabalho e energia investidos nos últimos anos. A integração do nosso negócio à indústria baiana é essencial, sobretudo para os setores fotovoltaico, de baterias e outras áreas que utilizam a sílica como matéria-prima”, completou Leeners.
O presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos, ressaltou a importância da iniciativa para o setor industrial. “Oportunidades como essa são muito enriquecedoras para o nosso sistema, e nós teremos sempre portas abertas para acolher, receber, divulgar e aprender. Este investimento interessa não apenas à cadeia produtiva da mineração, mas também à cadeia produtiva de energia da Bahia como um todo”, afirmou Passos.
Para o presidente da CBPM, Henrique Carballal, o projeto representa um marco histórico para o estado. “É uma grande oportunidade trazer para a Bahia uma indústria como essa, de alta tecnologia, que está revolucionando a transição energética. Não existe salvação para o mundo sem transição energética. E não existe transição energética sem mineração”, afirmou.