
A previsão de estiagem, no início do próximo ano, está motivando a antecipação do abate de alguns lotes de bovinos na Bahia. A informação é do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia – Sistema Faeb/Senar, Humberto Miranda. Segundo ele, este é um dos motivos do aumento, em mais de 10%, do abate no estado, no segundo trimestre de 2025, em relação ao mesmo período do ano anterior, e de 18% em relação ao primeiro trimestre deste ano.
“É importante destacar ainda que a contabilização do abate considera o local de origem do animal. No caso da Bahia, não houve movimento de entrada significativa de bovinos de outros estados. Pelo contrário: hoje temos aqui um dos piores preços pagos no Brasil, o que desestimula a vinda de animais de fora”, citou.

Humberto Miranda afirmou que esses elementos ajudam a entender por que houve crescimento nos números, sem necessariamente estar atrelado diretamente ao aumento do consumo ou apenas às exportações.
Mais de 384 mil cabeças de bovinos foram abatidas no segundo trimestre na Bahia. Os resultados estatísticos da produção animal, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que houve um aumento de 10,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que aponta incremento no consumo de carne. Em relação ao primeiro trimestre de 2025 (325 mil), o crescimento foi de quase 18%.
No acumulado do primeiro semestre, segundo o IBGE, mais de 710 mil cabeças de gado foram abatidas na Bahia, com um peso de 179 mil toneladas. O estado é o maior produtor de carne bovina do Nordeste e o nono do país. O Mato Grosso lidera nacionalmente, com 3,4 milhões de cabeças abatidas no primeiro semestre, seguido de São Paulo (2,2 milhões) e Goiás (2 milhões).
Brasil
Em todo o país, foram abatidas 10,4 milhões de cabeças de bovinos no 2° trimestre de 2025, o que representou uma alta de 3,9% em comparação ao 2° trimestre de 2024 e incremento de 5,5% frente ao registrado no trimestre imediatamente anterior. Já no primeiro semestre de 2025, foram 20,3 milhões de cabeça de gado abatidas, o que representa um incremento de 4,6% em relação ao ano anterior.










