
A Petrobras oficializa, nesta quinta-feira (9), a retomada de investimentos na Bahia, no setor naval e também de fertilizantes. Com a presença do presidente Lula, a estatal fará o anúncio da contratação do Estaleiro Enseada, em Maragogipe, no Recôncavo baiano, para a construção de seis embarcações, pelo valor de R$ 2,6 bilhões. Também ratificará a retomada das operações da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen-BA), em Camaçari.
A produção das seis embarcações, que pertencerão à Compagnie Maritime Monégasque (CMM) – contratada da Petrobras -, possibilitarão a geração de cerca de 6,8 mil postos de trabalho no estaleiro baiano. Segundo a presidente da estatal, Magda Chambriard, dos 48 barcos que serão contratados este ano pela empresa, seis serão construídos no estado.
Os navios OSRVs (Oil Spill Response Vessel) são especializados no combate a vazamentos de óleo e emergências ambientais no mar. Eles contribuirão para a renovação da frota afretada pela Petrobras e para o fortalecimento da indústria naval brasileira.
ESTALEIRO
Com uma área de 1,6 milhão de metros quadrados, o Enseada é considerado o único estaleiro de 5ª Geração do Brasil. O empreendimento, que é um dos maiores da América Latina e pertence à Novonor (Antiga Odebrecht), foi fundado em 2012 para atender as demandas do pré-sal, e resultou de um investimento de R$ 5 bilhões. No entanto, no início de 2015, com a crise no setor, a empresa praticamente suspendeu as atividades e, em 2019, entrou com Pedido de Recuperação Judicial. Em 2024, o Enseada comunicou o retorno das operações, inicialmente com uma linha de montagem destinada à fabricação de balsas mineraleiras e graneleiras.

FAFEN
Magda Chambriard informou que o retorno da unidade de fertilizantes, que estava hibernada, vai demandar investimento inicial de R$ 38 milhões, e mais de R$ 500 milhões para a operação nos próximos cinco anos, pela empresa Engeman. Tanto a unidade da Bahia quanto a de Sergipe entrarão em manutenção, e a expectativa é a produção seja reiniciada em janeiro. “As duas fábricas, junto com nossa unidade do Paraná, serão responsáveis por produzir 20% de toda a demanda de fertilizantes nitrogenados do país”, disse.











