Parque Industrial e Tecnológico Aeroespacial da Bahia já conta com cinco empresas

Redação
16/09/2025 12:00
Imagem ilustrativa

O Parque Industrial e Tecnológico Aeroespacial da Bahia (PITA-BA) já conta com cinco empresas do setor: Helisul, FCX Aero, Digex, Aba On Tech e Viasat. Elas iniciam o desenvolvimento de projetos, como aeronaves não tripuláveis e outras tecnologias ligadas à aviação, defesa, mobilidade aérea e espaço. Projetado para ocupar uma área total de quase um milhão de metros quadrados, com previsão de receber R$ 650 milhões em investimentos nos próximos 15 anos, por meio de parcerias público-privadas, o espaço, localizado na Base Aérea de Salvador, combina pesquisa, inovação, produção industrial e formação profissional.

André Oliveira, gerente de Novos Negócios do projeto no SENAI Cimatec, explica que 70% da área do Parque está destinada à instalação de empresas. “A ideia é que as empresas se estabeleçam aqui, com CNPJ baiano, integrando-se ao ecossistema local de inovação e produção”, disse. Segundo ele, o objetivo é consolidar o parque como uma base industrial ativa, conectando pesquisa aplicada à fabricação de soluções reais. Com gestão do SENAI Cimatec, o projeto é o segundo do país com essa vocação e o primeiro da região Nordeste.

Empresas formalizaram sua entrada no Parque
Foto: Antônio Cavalcante/Coperphoto/Sistema FIEB

A Helisul, por meio de sua subsidiária Helisul Engenharia (Albatross Indústria Aeronáutica), iniciou o desenvolvimento da primeira aeronave agrícola autônoma híbrida do Brasil, com propulsão elétrica ou por etanol. O projeto é realizado em parceria com a empresa americana ROTOR.AI e com a Robinson Helicopter Company.

De acordo com Humberto Biesuz, superintendente da Helisul, a aeronave é baseada no modelo Robinson R44 e será utilizada para aplicações agrícolas, como pulverização, dispersão de sementes e monitoramento de culturas. A empresa também trabalha em kits de automação, sensores de navegação autônoma e integração de motores alternativos ao uso de combustíveis fósseis. A estimativa é que os testes avancem nos próximos dois anos.

 “Para nós é uma excelente oportunidade de desenvolvimento e pesquisa, com fomento do BNDS e da FINEP, dentro do campus. A Helisul Engenharia poderá expandir seu potencial tecnológico e criar soluções cada vez mais alinhadas com a nossa política ambiental”, destaca Biesuz.

A FCX Aero, startup focada em aeronaves não tripuladas, também vai começar a se estruturar no Parque. O sócio Gustavo Saches conta que a empresa busca soluções de engenharia para reduzir o risco de vida humana em operações de alta complexidade. “Já temos em desenvolvimento a maior aeronave agrícola não tripulada do mundo e pretendemos expandir as pesquisas com foco em transporte de cargas em áreas remotas”, afirmou. A previsão é que a empresa esteja com o time completo até 2026, com cerca de 40 pessoas envolvidas em pesquisa e desenvolvimento.