O varejo baiano segue com resultados positivos nestes primeiros meses do ano, e a expectativa para maio — período do Dia das Mães — é de crescimento de 2% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa é a projeção da Fecomércio BA -entidade do Sistema Comércio BA-, considerando os setores do comércio com alguma ligação com a data, excluindo os segmentos de veículos e materiais de construção. O faturamento dos seis setores analisados deve se aproximar dos R$ 20 bilhões no mês.
“Mais uma vez, a expectativa da Fecomércio-BA é de que o comércio baiano registre crescimento em maio, impulsionado pelas vendas de uma das principais datas do calendário varejista, o Dia das Mães. O destaque é o setor de vestuário, seguido por perfumarias. Apesar de retrações pontuais, o cenário é favorável graças à melhoria na renda e no emprego”, comenta o presidente do Sistema Comércio BA, Kelsor Fernandes.
O destaque para o período deve ser o setor de vestuário, tecidos e calçados, com crescimento estimado de 8% em relação ao ano anterior. Esse segmento é, tradicionalmente, o mais procurado para a compra de presentes. Os preços das roupas femininas estão, em média, 5,01% mais altos do que no mesmo período de 2024, acompanhando a inflação média da Região Metropolitana de Salvador. Entre os itens que mais subiram, segundo o IPCA do IBGE, está o short feminino (6,84%). Já calçados e acessórios tiveram um aumento médio de 1,32%.
Na sequência, o setor de Farmácias & Perfumarias deve crescer cerca de 4%, um desempenho excelente diante da forte base de comparação, já que, no ano passado, houve alta de 25%. Esse setor se assemelha ao de Vestuário em relação à dinâmica de preços. Segundo o IPCA, itens de higiene pessoal subiram 3,72%, com variações mais modestas de 4,52% para perfumes e 5,33% para produtos capilares. Os artigos de maquiagem, por outro lado, registraram aumento médio de 10,43%.
Renda
A Fecomércio BA atribui esse cenário positivo à solidez econômica das famílias baianas. A taxa de desemprego no Estado está no menor nível desde 2014, enquanto a renda média cresce acima da inflação, impulsionando o poder de compra e o acesso ao crédito. A inadimplência, tanto no estado quanto em Salvador, está sob controle, mesmo diante de uma inflação mais elevada e do aumento dos juros.
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