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Comércio espera crescimento de 8% nas vendas para o Dia dos Pais

Redação
22/07/2024 12:00
Divulgação: Sebrae

A expectativa para mês do Dia dos Pais, em agosto, segue favorável para o varejo. Levantamento da Fecomércio-BA prevê uma alta de 8% em relação a 2023 nos setores que possuem alguma relação com a data comemorativa. A variação mais elevada deve ser do grupo onde estão inseridas as lojas de artigos esportivos, materiais para escritório, joalherias, lojas de chocolates, entre outros.

E o segmento que sempre tem a maior procura é o de vestuário que, em agosto deste ano, tem um crescimento projetado de 9%, não muito diferente do desempenho esperado pelo segmento de eletrodomésticos e eletrônicos, de 8%.

Há uma série de explicações para esse cenário otimista para o momento do Dia dos Pais deste ano. “O primeiro é que as datas comemorativas do 1º semestre foram positivas e não houve mudança de cenário na passagem para o 2º período do ano. Além disso, um dos fatores fundamentais são os preços mais modestos. De acordo com levantamento da Fecomércio-BA, com base nos dados do IPCA, a cesta de inflação para o Dia dos Pais cresce 1,28%, nos últimos 12 meses, enquanto a média da região de Salvador avança quase 4%. Ou seja, há uma queda relativa nos preços”, explica o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.

Nessa cesta, as quedas mais expressivas estão ligadas aos produtos eletroeletrônicos. O aparelho telefone tem queda média de 10%, seguido de televisor (-7,78%) e computador pessoal (-5,41%). Quem está pensando em comprar uma bicicleta ou um relógio de pulso também deve pagar, em média, mais baixo do que no ano passado, -8,87% e -5,08%, respectivamente.

No caso dos artigos de vestuário e calçados, há variações distintas. Por exemplo, a camisa masculina sobe, em média 7%, enquanto os tênis estão com queda média de 2,25%. Itens como sapato masculino (5,05%), calça masculina (3,31%) e bermuda masculina (1,39%) também estão com aumento médio de preços ante o ano anterior.

Os vilões são os produtos para a pele, com aumento médio de 15,29%, e os livros não didáticos, com alta anual de 13%.

“É sempre importante ressaltar que se trata de preços médios e não que todos os produtos estão em queda. Pode ser que o consumidor esteja de olho num televisor mais moderno, último modelo e que tenha subido de preço de um ano para cá”, explica Dietze.

Outra explicação para o bom quadro do varejo baiano está no mercado de trabalho aquecido. De acordo com dados do CAGED, o saldo de empregados e desligados na Bahia, de janeiro a maio deste ano, foi de 45,1 mil, enquanto que no mesmo período de 2023 havia sido de 43,1 mil, ou seja, alta de 4,6%.

A melhora na renda tem permitido também a possibilidade de redução na inadimplência na região, o que abre espaço para o consumo de presentes para o evento.

Portanto, a Fecomércio-BA vê com otimismo a chegada do Dia dos Pais em 2024, com aumento de 8%, contrastando com o desempenho do ano passado, de recuo de 6,2%. Além do comércio de bens, o setor de serviços também se beneficia com a forte demanda nos bares e restaurantes, movimentando a economia local e trazendo um olhar cada vez mais favorável para as demais datas comemorativas do segundo semestre, sobretudo Black Friday e Natal.