A Odebrecht Engenharia e Construção (OEC), braço de construção civil pesada da Novonor (Antigo Grupo Odebrecht), quer voltar a crescer, após o plano de recuperação judicial que acaba de ser protocolado. A reestruturação visa permitir o equacionamento da dívida e, ao mesmo tempo, incrementar o fluxo de caixa. Atualmente, a OEC possui 31 obras ativas, sendo 21 no Brasil e 10 no exterior, empregando mais de 15 mil profissionais diretos e indiretos, com uma carteira de projetos assinados de US$ 4,6 bilhões, podendo superar US$ 5 bilhões até o final de 2024.
Em nota, a empresa baiana informa que a ação ocorre em um contexto favorável de retomada dos investimentos no setor de infraestrutura e construção pesada no Brasil e no mundo, que já se reflete no novo ciclo de crescimento da companhia. “O foco central é reestruturar US$ 4,6 Bi em passivos financeiros e operacionais, além de operações antigas dentro do mesmo grupo (intercompany)”, detalha Lucas Cive, CFO da empresa.
A implementação da reestruturação é restrita ao Brasil, e a OEC segue com sua capacidade operacional inalterada, ou seja, o processo não afeta a rotina operacional dos contratos em curso ou a execução de novos.
A empresa, que já foi uma das maiores do País, construiu 45 aeroportos 55 portos, 463 quilômetros de túneis, 270 quilômetros de pontes e viadutos, 89 hidrelétricas, 14 mil quilômetros de rodovias, entre milhares de outras. Atualmente, entre as obras, estão intervenções no Porto de Miami e no Aeroporto da cidade, nos Estados Unidos; Ponte de Guaratuba, no litoral do Paraná; Rodoanel Norte, em São Paulo; Canal do Sertão, em Alagoas; Aeroporto Internacional de Cabinda, em Angola, e outras.