A Braskem registrou um prejuízo líquido de R$ 3,7 bilhões, no segundo trimestre. Segundo a empresa, o resultado se deve, principalmente, ao impacto da variação cambial no resultado financeiro dada a depreciação do real frente ao dólar de 11,3%.
Maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, a Braskem, por outro lado, registrou Ebitda recorrente de R$ 1,7 bilhão no segundo trimestre de 2024, alta de 46% em relação ao primeiro trimestre deste ano e avanço de 137% na comparação com o mesmo período de 2023. O aumento refletiu os efeitos positivos dos spreads no mercado internacional, o maior volume de vendas e a implementação contínua das iniciativas de redução de custos e despesas. Além disso, a geração recorrente de caixa no trimestre foi de R$ 357 milhões.
“Tivemos mais um trimestre de resultados melhores quando comparado aos trimestres anteriores. Isso aconteceu em função dos maiores spreads no mercado internacional, como consequência do melhor equilíbrio entre oferta e demanda global e dos efeitos dos conflitos no Mar Vermelho, que resultaram em um aumento nas taxas de fretes combinado aos esforços contínuos na implementação de iniciativas que buscam a maximização dos nossos resultados”, diz Roberto Bischoff, CEO da Braskem.
No Brasil, por exemplo, a produção impactada pelos eventos climáticos no Rio Grande do Sul foi parcialmente compensada pela elevação da taxa de utilização das centrais petroquímicas da Bahia e de São Paulo.
No período, a Braskem anunciou a assinatura de um acordo de investimento com a Solví e a GRI envolvendo a participação acionária da companhia na Cetrel. O movimento, além de fortalecer a própria Cetrel, líder em soluções ambientais e industriais, e transformar a GRI em uma plataforma para o crescimento nacional do setor, resultará no recebimento pela Braskem de R$ 284 milhões. A companhia recebeu ainda a aprovação para se tornar uma EBN (Empresa Brasileira de Navegação), tendo o início das operações marítimas previsto para os próximos meses.