Bahia quer elevar comércio com a Alemanha, que hoje representa 2,7% das suas exportações

Redação
17/06/2025 12:00
O encontro segue até esta terça no Cimatec – Fotos: Thuane Maria/GOVBA

O avanço das relações comerciais entre Brasil e Alemanha está sendo discutido no 41º Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), realizado em Salvador, até esta terça-feira (17), no Senai-Cimatec. Representantes do setor produtivo, governos e entidades empresariais dos dois países discutem caminhos para fortalecer o comércio bilateral. Em 2024, a Alemanha adquiriu US$ 331 milhões – cerca de R$ 1,8 bilhão – de produtos baianos, o que representou 2,78% das exportações do estado.

 O saldo na balança comercial é positivo para a Bahia em mais de US$ 170 milhões (R$ 940 milhões), já que o estado importou dos alemães, em 2024, o equivalente a US$ 160 milhões, ou R$ 880 milhões. Este ano, nos primeiros cinco meses, o comércio bilateral continua a favor do estado.

“Nós precisaremos construir as etapas que cabem na relação bilateral entre o Brasil e a Alemanha. Espero que a gente possa sair com agendas bastante afinadas, que o documento desse encontro possa sair como encaminhamento. A expectativa nossa é de total colaboração entre os dois países”, afirmou o governador Jerônimo Rodrigues.

Presente na abertura do evento, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que boas relações internacionais reposicionam o Brasil como exportador no mercado global que, na avaliação dele, tem sido cada vez mais competitivo e voltado para a transição energética e a sustentabilidade. “Com as diversas cadeias produtivas, na agricultura, por exemplo, nos programas [federais] que são carro-chefe para a transição energética, dando condições muito favoráveis, além das que o Brasil já possui, pois o Brasil tem uma vantagem competitiva enorme quando se fala de geração de energia limpa”, disse o ministro.

Desenvolvimento

Pautas como a ratificação do Acordo Mercosul-União Europeia e a criação de um novo tratado para evitar a dupla tributação entre Brasil e Alemanha são apontadas como prioridades. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também apresentou propostas para destravar barreiras comerciais e atrair investimentos, com foco na ampliação das exportações brasileiras.

Entre os setores com maior potencial de expansão estão a produção de hidrogênio verde, os biocombustíveis e a industrialização de minerais com valor agregado. Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban apontou que o Brasil tem uma das maiores reservas de terras raras do planeta, fator que adiciona valor na busca global por sustentabilidade.

O encontro é realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), junto a Federação das Indústrias Alemãs (BDI) e a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). Também estiveram presentes o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Angelo Almeida, e o presidente da Fieb, Carlos Henrique Passos.