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Aumento do salário mínimo terá impacto de R$ 273 milhões adicionais por mês na economia baiana

Redação
10/01/2025 12:00
Foto: Agência Brasil_Foto Valter Campanato

O aumento de 7,5% do salário mínimo, em vigor a partir deste mês, terá um impacto adicional de R$ 273 milhões por mês na economia baiana. A projeção é da federação do Comércio do estado (Fecomércio-Ba), com base nos dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Para a entidade, o incremento, acima da inflação, contribui para o fortalecimento do comércio.

O presidente do Sistema Comércio BA, Kelsor Fernandes, observa que, caso todo o montante adicional fosse direcionado ao varejo, representaria, em média, 1,5% do faturamento total do setor no estado, conforme cálculos da Fecomércio BA. “Embora essa não seja a realidade integral, é esperado que o comércio receba uma parcela significativa desses recursos, especialmente considerando o aumento nos preços dos alimentos, como a carne, que têm imposto desafios às famílias”, explica o presidente.

Kelsor Fernandes

Devido à baixa propensão à poupança, esses recursos adicionais devem estimular a atividade econômica no estado, especialmente por meio do aumento das compras no comércio, no setor de serviços e no pagamento de dívidas em atraso. No entanto, um fator importante pode limitar esse estímulo ao consumo: o aumento da taxa básica de juros, projetado para atingir 14,25% ao ano em março. Essa elevação encarece o crédito, reduzindo a quantidade de recursos disponíveis para o consumo, já que uma parcela maior da renda será destinada ao pagamento de juros.

O ano de 2025 começa com a entrada em vigor do novo valor do salário-mínimo, fixado em R$ 1.518, o que representa um aumento de 7,5% em relação ao valor anterior.

O reajuste, para R$ 1.518, foi calculado com base na inflação medida pelo INPC (4,84%), acrescida de 2,5%, conforme a política de valorização do salário-mínimo. Com isso, o novo valor garante um ganho real para os trabalhadores assalariados e beneficiários de programas como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e Previdência Social. Segundo o DIEESE, cerca de 60 milhões de pessoas serão diretamente beneficiadas pelo reajuste no País, resultando em um acréscimo de R$ 6,35 bilhões mensais na economia nacional.