O fundo de investimento privado Appian Capital Brazil está aplicando R$350 milhões na mina Boa Sorte, localizada no distrito de União Baiana, em Itagimirim, no sul da Bahia. Através da Graphcoa, vai explorar concentrado de grafite, composto usado na produção das baterias utilizadas nos veículos elétricos. Inicialmente, a unidade terá capacidade de produção de 5,5 mil toneladas por ano e vai gerar 300 empregos.
A Appian Capital, que é uma empresa inglesa com investimentos em 8 países, já é gestora da Atlantic Nickel, mineradora localizada em Itagibá, também no sul do estado, que produz níquel sulfetado na mina Santa Rita, uma das maiores minas a céu aberto do minério no mundo.
Segundo a empresa, no primeiro trimestre de 2025, o concentrado de grafite será submetido para avaliação da qualidade por clientes estratégicos e o potencial definitivo da escala de produção da planta será identificado antes da construção do empreendimento em seu porte final. Com isso, estima-se que a Graphcoa poderá ter sua capacidade total de produção ampliada para até 25,5 mil toneladas anuais, com potencial para elevar por meio de outros projetos do portfólio.
“Este é um marco significativo para o Grupo Appian. Somado aos atuais ativos de cobre e níquel sulfetado do nosso portfólio, este novo mineral crítico ampliará a atuação do Grupo no setor de metais estratégicos”, contextualiza Paulo Castellari, CEO da Appian Capital Brazil.
Com a crescente demanda por eletrificação, estima-se um crescimento 20% por ano no mercado de baterias de grafite até 2035. Desse modo, a Graphcoa poderá se tornar um dos principais produtores de grafita no Brasil, capaz de fornecer material para a produção de ânodos de grafite, a fim de abastecer a demanda das grandes fabricantes de baterias de veículos elétricos no Brasil e no mundo.